A PROPÓSITO DA MISSA DO DIA
Entre
os trabalhadores da quinta, havia um chamado Antônio, bom rapaz, é verdade; mas
que tinha um defeito, de que se não corrigia.
Era
mentiroso, como os que o são, e quando o não acreditavam, amontoava juras, qual
mais tremenda ou de mais responsabilidade e respeito para um homem de bem.
E
era pena; porque poucos havia tão laboriosos como ele.
Era
conhecido pelo — galo da madrugada — titulo bem justificado em vista do que se
apressava em concorrer ao trabalho: e não poucas vezes os pobres benefícios,
que o seu magro pecúlio lhe permitia fazer, vinham a constar, pelos outros e
não por ele, muito em seu abono e boa reputação.
O
tio Joaquim, conselheiro honorário daquela republica tinha-o repreendido muito;
mas aquele maldito sestro não o queria o Antônio perder nem a bem nem a
mal. Era o seu senão, que lhe acarretava não poucos dissabores e com o que não
pouco prejudicava os outros.
Era
num domingo, e depois da missa do dia, no adro da igreja estavam reunidos, em
mó, os saloios daqueles sítios que tinham concorrido ao santo sacrifício. De
fatos domingueiros, e varapaus ferrados, discorriam pelas novidades do lugar, exatamente
como os nossos elegantes à porta do Marrare, ou nas salas do Grêmio.
Diga
se a verdade; as Marias e as Joanas não deixavam de influir naquelas reuniões,
porque não poucos eram os que ali compareciam levando em mira falar às suas
requestadas, ensaiar requebros, ou ajustar entretenimentos para as horas de
sesta ou para as tardes dos dias santos.
O
nosso Antônio também não faltava à reunião, e já por mais de uma vez fizera das
suas, sem consequências de maior, pelo pouco crédito que tinham naquele mercado
campestre as notas do nosso caramboleiro.
Havia
no lugar uma rapariga que se podia chamar uma perfeição, e que fazia tanta diferença
das suas companheiras, como a rosa de musgo das rosas carrasqueiras dos valados.
Era
gentil e mimosa, não tinha as cores de saúde, nem aquele acerejado do sol, ou formas
robustas e quase viris da raparigada do campo; mas era mais esbelta, mais pálida,
mais clara e com uns olhos tão negros, tão negros, que lhe saiam da alvura do
rosto, como dois diamantes negros engastados em esmalte branco.
Vivia
arredada e em recato, e não aparecia em arraial ou festa, senão de ano em ano e
quase por milagre.
Chamavam-lhe
— a fidalga,— e o nome casava tanto com a sua distinção de maneiras e garbo de
porte, como o soar das ave-marias com os descampados das serras.
Como
já se deve supor, os fragatas da terra tinham pretendido as honras de arrojado;
mas debalde, porque os rejeitava, e quase todos descoroçoados tinham desistido
da empresa.
Digo
quase todos, porque dois ainda lhe arrastavam a asa, um, (aqui em segredo,) era
atendido e bem olhado; o outro, mais feliz, nem falar nisso é bom, mordia-se de
raiva pelos desdéns que sofria, e pelo pouco em que eram tidos os seus
requebros e paixões.
A
escolha de Emília tinha sido acertada, porque o José da Avó era o mais guapo
moço daquelas duas léguas em redor. Desempenado e direito como uma vara de
abrunheiro, valente como um pau de carrasco, generoso e de brio, como nenhum:
nem o mais pintado lhe levava as lampas em trabalho de fazenda, em jogos de
pau, ou em balharicos de domingo.
E
cantigas! Sabia-as ele cantar, como os que as sabem; entoava uma desgarrada ou
sustentava um desafio, mais afinado e a preceito do que muitos desses italianos
em segunda mão, que os empresários nos impõem como notabilidades cantantes.
O
outro pretendente não era muito cheio de não presta: mas ao pé do José da Avó
ficava a perder de vista, o que não admira; porque vazados naqueles moldes não
havia muitos no lugar. Ele porém, como não queria atender à razão, danava-se
jurando pela pele do ditoso preferido.
Este
era o estado da questão na manhã do tal domingo, e os dois rivais conservavam-se
a distancia respeitosa no meio de dois grupos distintos.
Tinha
saído já quase toda a gente da igreja, quando Emília se retirou, sem que lhe faltassem
comentários, enquanto passava por meio dos grupos.
—
Olha a delambida! soltou dali uma das raparigas mais feias da terra,
parece que vai com o rei na barriga, nem olha para a gente.
—
Era o que faltava, a fidalga!
—
Vai toda enlevada no seu José, tem medo que lho tirem do lance.
N’isto
o nosso Antônio, que não queria ficar atrás, também se intrometeu na conversa,
dizendo com modos de quem estava corrente com os mistérios daquele círculo:
—
Pois faz ele bem em perder o seu tempo, porque ainda não há muito que vi o
Miguel de conversa com ela à porta de casa, e pelos jeitos que a coisa levava,
não era a primeira vez que se falavam.
—
Ora tu sempre tens uma língua!
—
Um raio me parta se minto; tinha-me calado e feito vista grossa, mas agora
ferveu-me o sangue quando a vi assim como quem queria deitar lama para a cara
da gente.
As
palavras de Antônio não tinham caído no chão. José, desconfiado como todos,
estivera de ouvido à escuta e não perdera nem silaba. N’outra ocasião voltaria
de certo as costas ao maldizente, mas desta vez mudava o caso de figura: o ciúme
acreditava a voz do mentiroso e a tremer chegou-se ao pé dele, perguntando-lhe
com voz indecisa:
—
Juras que é verdade o que acabas de dizer?
—
Se é! os diabos me levem se minto; eu por mim não queria causar-te nenhuma aquela;
mas assim como assim mais tarde ou mais cedo havias de vir a sabê-lo; e,
verdade verdade, ela não te merece.
—
Basta, lhe retorquiu o pobre José, e foi-se como um raio até onde estava o suposto
arrojado.
Inútil
é dizer que tinha sido tudo isto enredos e obra de Antônio. Soltara as
primeiras palavras como por demais, sustentara o dito por capricho, mais tarde
para que não supusessem que tornara com a fala ao bucho por medroso.
Do
outro lado do adro uma floresta de paus se levantava no ar, e já as navalhas
estavam fora das algibeiras; os dois tinham-se travado de razões, e como
palavra puxa palavra, tinham passado dos ditos a vias de fato e malhavam um no
outro como se fosse um monte de milho.
Ambos
tinham partidários, e por conseguinte a luta assumiu proporções maiores; porém
por muito encarniçada que fosse entre os partidos, parecia um brinco de crianças
à vista daquela em que os dois se tinham travado. Davam como quem se despedia
do mundo, e como quem desejava ver estendido no chão o seu contrário.
Ao
principio arrancaram dos paus e começaram a atirar as primeiras pancadas, que quase
todas caíram em cheio; até que Miguel, depois de ter jogado umas poucas de
sortes ao seu adversário, e como ambos estavam descobertos e
só queriam dar, dissimulando uma pancada à cabeça, lhe dirigiu o pau por meia
volta no ar às pernas. Quando lá chegou já o seu adversário o tinha procurado
aparar, porém tanto em mal, e tão puxada d'alma ia a contraria, que o pau
colhido no meio, não o aguentou e partiu-se; e o outro não encontrando resistência
no corpo de José, porque ele já lho tinha furtado, foi de encontro às pedras do
adro e partiu-se também.
Vendo-se
desarmado, Miguel não perdeu tempo: correu sobre o inimigo com uma navalha e
baldeou-o logo no chão jorrando sangue por uma ferida no ventre.
O
assassino, apenas cometido o crime, tomou as de Vila Diogo, e a desordem
começou a apaziguar-se com a chegada dos cabos da terra, que tratavam de
remover o ferido e de prender os combatentes.
O
causador de tudo isto tinha, logo que viu tomar ao caso uma feição que lhe não
supusera, procurando sossegar o motim, confessando a sua mentira, porém já era
tarde, naquelas alturas qualquer intervenção seria inútil; teve pois de
assistir arrepelando-se, dizendo mal à sua vida, àquela triste cena, e prometendo,
com mil juras que não mentiria nunca mais; ajudou soluçando a levar o ferido
para sua casa na maca, que tinham ido buscar, e acusando-se todo o caminho de
ter sido ele, e só ele, o culpado de tudo que sucedera.
Nos
três dias, que sucederam à catástrofe, não se falou noutra coisa nos serões da
quinta. Conhecia-se que o tio Joaquim por vezes tinha vontade de falar, porém
tão sincero lhe parecia o arrependimento de Antônio, que sempre desistia do
intento. Uma noite, porém, o nosso mentiroso, já esquecido das juras que
fizera, começou, por uma coisa que nada valia, a invocar os santos todos do Paraíso
em seu testemunho, e a pedir raios e coriscos para castigo se mentisse.
O
velho narrador dessa vez saltou lhe no galinheiro, dizendo com aquela placidez
de espírito, que tão habitual lhe era:
—
Este Antônio faz-me lembrar o João da Tenda, que vivia lá em baixo ao pé das
casas do mestre Raimundo e que por dez réis de mel coado fazia juras e
protestos às carradas. Em mal lhe deu o vício, coitado!
—
O que lhe aconteceu, tio Joaquim?
—
O que foi, o que foi?
—
Conte, conte; há tanto tempo que lhe não ouvimos uma história!
—
Pois bem, sosseguem, que lhe não faltarei hoje, e não será por culpa minha se
esta lhes não agradar.
O
pobre do Antônio tinha pedido misericórdia com um olhar de suplica: mas o velho
comprometera palavra e não havia de se esquivar à promessa.
—
Diz lá o rifão: "quem compra e mente na bolsa o sente;" como diz também:
"homem de boa lei tem palavra como rei", isto era quando os reis
tinham palavra, se alguma vez a tiveram, que dessas coisas não sei eu, e
quando não faltavam ao que prometiam.
O
que é verdade é, que se o mentir prejudica a honra e o corpo, não menos
prejudica a alma estar, por dá cá aquela palha a falar no santo nome de Deus, e
no dos santos, que não são pontos com que se brinque.
Nenhum,
dos que aqui estão, vai incomodar o patrão para coisas que não valem a pena, e
muito menos por conseguinte devem ir bater à porta dos patrões mais subidos,
para de mais a mais os tomarem para testemunhas e parceiros de coisas que não
só não valem a pena, mas que são mentiras ainda em cima. E depois, quando se
apanha fama de mentiroso, não há quem nos acredite por mais que deitemos os
bofes pela boca fora, e ainda mesmo que falemos a verdade. Mau é dizer-se que o
cão é danado.
—
Mas se for para fazer bem, não se deve mentir tio Joaquim?
—
Para tudo há remédio. Uns homens que perseguiam outro, perguntaram a um santo,
que encontraram no caminho, se tinha visto passar o malfeitor.
O
bom do santo tinha-o visto, não havia muito; mas nem o queria denunciar, nem
mentir também: já vêem que ele estava nesse caso, e que se devia ver a perros.
—
É verdade, é verdade, e que respondeu?
—
Que por ali não passara; e como estava com as mãos nas mangas, apontou para
dentro duma delas, por onde de certo o tal homem não podia caber.
—
Ora! exclamaram alguns dos circunstantes, como admirados.
—
Parecia santo saloio, tornou dali um ratinho, ultimamente embaçado
na compra duma enxada.
—
Nada que não, respondeu lhe logo o vendedor, que o percebera à légua, não tinha
alma de beirão, que lá diz o ditado: no bom beirão corpo e alma pequenos são.
Talvez
a questão se azedasse mais se o tio Joaquim os não interrompesse logo gritando:
leva de rumor, vamos à história do João da Tenda.
Quando
vim para esta terra, já vai num par de anos, tinha ele uma lojasita lá no largo
de baixo, mesmo à esquina da estrada real. Era um pequeno modo de vida, que bem
cultivado podia produzir bastante; mas como havia descuido no amanho a colheita
foi infeliz.
Nestas
coisas de negócio a reputação de homem de palavra se não é ouro de lei vale-o
bem; e desta riqueza o bom do João era mais pobre do que Jó.
Ninguém
se fiava nele e o crédito diminuía cada vez mais. Direito em contas e honrado
era: porém aquele sestro maldito de mentir por dá cá aquela palha, a mania de
fazer juras e protestos, que nunca se realizavam, fazia com que lhe roessem a
corda na maioria dos ajustes, sem que tivesse direito de se queixar, porque não
era mais do que pagar-lhe na mesma moeda.
Assim
iam os tempos e o negócio corria-lhe por água abaixo.
Para
maior desgraça, no sítio onde não havia senão a loja do João, veio
estabelecer-se uma outra e tirar-lhe a freguesia.
Era
do José Fernandes, que ainda hoje lá a tem no mesmo lugar, e que sabendo o
valor do ditado — cara alegre ganha vontades,— tratou, enquanto o seu vizinho
andava de maus modos, porque os tempos iam maus também, de chamar fregueses,
tratando-os às mil maravilhas, e desfazendo-se em bons serviços.
João
tinha uma filha, a menina dos seus olhos, e uma flor de enche-mão. Mais guapa
rapariga não havia de certo por aquela meia dúzia de léguas em redor; e se
tivesse nascido na cidade, se lhe tivessem debastado as grossuras dos campos
com a plaina das fidalguias, meteria de certo a um canto essas arrebicadas, que
para aí vem passar os verões e que parece que se estão mesmo a desfazer.
É
bem certo, que não há panela sem testo, e para vasilha de tão fina louça, é
preciso que a tampa lhe não desmereça da qualidade.
E
assim era o arrojado de Joaquina: rapaz bem feito e espigado, forte de corpo e
afeiçoado de rosto, um destes de quem não há nada que deitar fora.
Como
é de crer, entendiam-se que era um regalo, e morriam um pelo outro. E que bem
acertado por eles eram! Joaquina, delicada e fina como uma rosa de toucar, ou
uma flor de madre-silva: Domingos, forte como um zambujeiro e direito como um
prumo.
Encostados
um ao outro, quando se falavam às furtadelas ao descair da tarde, pareciam,
tanto ela se ajeitava a ele, e tão erguido ele estava, contente por a ter consigo,
a haste da cruz de pedra que está defronte dos Ouriços, vestida com
as braçadas flexíveis da hera, que lhe nasceu ao pé.
Ninguém
lhe invejava a felicidade; antes, pelo contrário todos gostavam de os ver
assim, pois pareciam ter nascido um para o outro. Mas sabem de certo, que não
há bem que dure sempre, e o deles por isso havia de acabar em pouco tempo.
O
pai de Domingos, Deus lhe fale na alma, era um fazendeiro abastado dos sítios, que
contava para cima de vinte jeiras de terra de pão, fora umas seis courelas de
trincadeira, duas hortas valentes, e um pomar de caroço de mais de trezentos
pés de fruta. Por conseguinte o rapaz era um bom casamento para a rapariga, e por
isso o João fazia a vista grossa. Que de mais a mais o noivo era moço de honra
e incapaz de abusar.
Mas
não assim o tio Fernandes, que não engraçava com o tendeiro por as suas
mentiras, e que nada queria com gentes, que pertencessem ao caramboleiro. Tinha
sido toda a sua vida homem de palavra, as suas promessas eram mesmo um
evangelho, e quem não seguisse este modo de vida nada tinha feito com ele.
Domingos,
como é de querer, tinha escondido do pai os seus amores com Joaquina. Uma vez
por outra procurou sondá-lo a tal respeito, porém, como visse que era tempo
perdido, tinha desistido da empresa, e assim ia tenteando o namoro com
esperanças em que ou o velho cedesse da birra, ou o outro do vício.
Foi
por estes tempos que se armou uma das tantas guerras que por aí tem havido na
nossa desgraçada terra. Era preciso tropa e trataram de recrutamentos com toda
a força.
Domingos,
foi um dos sorteados. Seu pai, rico bastante, podia com facilidade pagar a um
homem para o substituir, o caso era que o quisesse, e tanto que estava
resolvido a sacar uma dúzia de loiras da arca, onde estavam havia um par de anos
sem ver sol nem lua.
Era
um domingo à noite, e o tio Fernandes recolhia-se de uma feira de gado onde fora
comprar uma junta de bois, de que precisava para a lavoura. Vinha deitando
contas à sua vida, e tão entretido que nem lhe tinha custado o caminho.
Ao
voltar de uma azinhaga avistou de longe dois vultos, que não parecia darem pela
sua vinda. Reconheceu-os logo, e percebeu também qual o fim com que seu filho
tantas vezes lhe tinha desculpado o João da Tenda, e porque tão desgostoso
andava por assentar praça.
Fez
os seus entes de razão, e ajustou com os seus botões, que: desse por onde desse,
não se havia de fazer semelhante casamento.
Nessa
noite houve questão até fora de horas entre Domingos e seu pai. O rapaz
confessou tudo e o velho negou-se a pagar-lhe o homem.
—
Ou deixar o namoro ou assentar praça, disse-lhe o tio Fernandes e Domingos
preferiu a segunda condição.
Meses
depois chegava à terra a notícia da morte de Domingos. Tinha-se batido
como um homem, tinha sido um dos primeiros a atacar, e pagara o atrevimento com
a vida.
Figurem-se
agora qual seria a pena de Joaquina ao saber de semelhante notícia. A pobre da
rapariga, depois que o seu apaixonado partira, não tivera nunca mais uma hora
de consolação. Levava os dias a chorar, que era uma dor de alma, e ia-se enfezando
a olhos vistos.
João,
o culpado de tudo, pelo seu amaldiçoado costume, sem recursos porque os fregueses
lhe tinham fugido, e porque o mal de sua filha lhe levava o resto, estava que
parecia outro: e naquela casa, onde todos viviam contentes, não havia já nem
sinais de alegria.
A
apaixonada moça foi esmorecendo cada vez mais, os médicos não lhe achavam remédio
para o mal, e qualquer que lhe receitassem não o queria ela tomar.
Acabou
a sua cruz, e, em poucos meses, foi reunir-se a Domingos, nessa outra terra
onde os amantes vivem únicos eternamente, e onde os justos gozam da felicidade
sem fim.
Quando
entrarem no cemitério reparem para a esquerda, que hão de ver debaixo do
terceiro cipreste, a contar da porta, uma cova com duas cruzes de madeira e uma
coroa de perpetuas. Ajoelhem sobre a terra benta, rapazes, e rezem ao Senhor
pelo pai e pela filha, que aí descansam juntos como o tinham estado em vida.
Lembrem-se do que lhes sucedeu, e reparem, que às vezes uma mentira pode deitar
a terra uma reputação por mais antiga que seja. Rapazes, quando se apanha um
homem que não fale verdade, e quando se perde o crédito, perde-se em pouco
dinheiro e honras. Felizes ainda dos que não pagam com a vida como o pobre João
da Tenda.
Quando
os trabalhadores saíram, chegou-se Antônio ao narrador.
—
Percebi tudo, tio Joaquim, prometo-lhe não mentir nunca mais nem fazer juras
por coisas poucas.
—
Deus te ouça, tornou-lhe o velho, que és bom rapaz; e se perderes esse mau
costume, poucos haverá que te levem a palma.
---
Iba Mendes Editor Digital. São Paulo, 2023.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sugestão, críticas e outras coisas...