Conta-se que um navio espanhol,
fortemente sacudido por um violento temporal, ameaçava ir a pique. Era grande o
desespero dos marinheiros e dos viajantes que, no auge da aflição, lançavam ao
mar todos os objetos pesados, a fim de que fosse diminuído o peso da
embarcação. Homens e mulheres movimentavam-se de um lado para o outro e
clamavam aos céus para que a tempestade passasse.
Quando as esperanças já se
findavam, o capitão do navio teve uma enorme surpresa: entrando num camarim,
observou um garotinho dando fortes gargalhadas. Quanto mais o navio balançava,
mais o menino ria e se divertia.
O comandante, estupefato,
repreendeu-o severamente.
- Menino, perdeste o juízo? Estamos
todos prestes a afundar e tu aí a rir como se nada tivesse acontecendo?
O pequeno, erguendo os olhos para
o capitão, respondeu risonho e tranquilo:
- Não há perigo, senhor
comandante, é meu pai quem está no lume.
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