Mascates
Em
1710 é uma reação sedentária, mas parecida, que se pronuncia ao Norte: são os
“Mascates” e a sua guerra. Os proprietários de bens e engenhos em Olinda não
viam com bons olhos o progresso do Recife, onde negociantes, reinóis a maior
parte, enriqueciam e prosperavam pelo trabalho. Ao ser o Recife elevado à
categoria de vila e ao proceder-se à delimitação do termo, o procedimento
leviano do governador Sebastião de Castro Caldas provocou censuras, correm
boatos de deposição, alvejam-no mesmo com um tiro, onde prisões e perseguições.
Subleva-se o povo e o governador foge para a Bahia; os rebeldes ocupam as
fortalezas do Recife e fazem desordem. O Bispo, Dom Manuel Álvarez da Costa,
assume o governo, propondo o perdão das ofensas, que chega com o novo
governador Filipe José Machado, o qual ordena aos do Recife entreguem as
fortalezas e, aos de Olinda, suspendam o cerco, no que foi obedecido. Mas novo
levante começa, com atentado contra o governador Machado, novas prisões, nova
devassa, principalmente da facção “nobre”, de Olinda. Por fim foi restaurada a
vila do Recife, reerguido o seu pelourinho: o que tem de ser traz força. Olinda
continuou sua decadência... merecida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sugestão, críticas e outras coisas...