Dom Pedro II
Constituído
o ministério, de que faziam parte dois Andradas, Antônio Carlos e Martim
Francisco, conspiradores pela maioridade (José Bonifácio, o ex-tutor, falecera
em 38), o primeiro grande ato do monarca é a anistia geral, de 22 de agosto de
40. Motins em São Paulo e Minas em 42, contra os quais é mandado o Barão de
Caxias, que consegue vitórias e pacificação. Mandado contra o Rio Grande, vence
em Triunfo e Camaquan os rebeldes republicanos, que Bento Manuel desbarata em
Ponche Verde, e Marques de Sousa, depois Conde de Porto Alegre, em Piratinim, e
Pedro de Abreu, depois de Jacuí, também rechaça. Tratam então de paz com o
Governo, e Canabarro, pelos insurrectos, e Caxias, pelo Governo Imperial, proclamam
o fim da revolta: durara mais de nove anos (34-45). Em Pernambuco, em 48,
sublevam-se rebeldes no Pau de Alho, sendo um dos chefes o Desembargador
Joaquim Nunes Machado, prisioneiro na investida contra a capital da província,
defendida pelo presidente Manuel Vieira Tosta, depois Barão de Muritiba, e
General José Joaquim Coelho.
Com
a Cisplatina não se acabaram nossas intervenções no Prata. Dois partidos ou
facções, Colorados e Blancos, disputam o poder, no Uruguai. João Manuel Rosas,
o tirano da Argentina, é contra os Colorados e os Brasileiros seus parciais,
que lhe contrariam os planos de dominação. Em 51 o Governo Imperial intervém,
associando-se a Rivera e Urquiza, contra Oribe e Rosas. Caxias, Porto Alegre e
o Almirante Grenfell invadem o território do Uruguai, batem Oribe em Las
Piedras e ocupam Montevidéu; com Urquiza forçam Toneleros, batendo
completamente Rosas em Monte Caseros: o tirano foge num navio britânico para a
Inglaterra (51). O nosso lucro foi apenas a demarcação da fronteira.
A
questão Christie é de 62. No Rio Grande do Sul naufraga em 61 uma barca
inglesa, Prince of Wales, cujos
salvados, atirados à praia, são roubados; na Tijuca, três oficiais da fragata
inglesa Fort, passeando à
paisana, são presos: o Ministro britânico William Dougal Christie pede, a 5 de
dezembro de 62, indenização e satisfação. Julgadas insuficientes, o Governo
Inglês apreende cinco embarcações brasileiras, levadas para Las Palmas. O brio
nacional despertado agita-se em publicações veementes: a Leopoldo I, rei dos
Belgas, é devolvida a arbitragem, pela qual o Brasil paga 3.200 libras de indenização
(63). Aos bons ofícios de Portugal, restabelecem-se as relações diplomáticas
entre a Inglaterra e o Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sugestão, críticas e outras coisas...