Pandora
(Mitologia grega)
Num tempo distante, os homens
dominaram a dádiva do fogo, graças a Prometeu, tornando melhor a vida na Terra.
Mas diante daquela afronta, a ira
de Zeus não teve limites, e ele resolve então punir os homens.
Ordenou a Hefesto que moldasse
uma mulher de barro, tão linda quanto uma verdadeira deusa, que lhe desse voz e
movimento e que seus olhos inspirassem um encanto divino.
A deusa Atena teceu-lhe uma
belíssima roupa, as três Graças a cobriram com joias e as Horas a coroaram com
uma tiara de perfumadas flores brancas. Por isso a jovem recebeu o nome de
Pandora, que em grego significa "todas as dádivas".
No dia seguinte, Zeus deu
instruções secretas a seu filho Hermes que, obedecendo às ordens do pai,
ensinou a Pandora a contar suaves mentiras. Com isso, a mulher de barro passou
a ter uma personalidade dissimulada e perigosa.
Feito isso, Zeus ordenou a Hermes
que entregasse a mulher de presente a Epimeteu, irmão de Prometeu, um homem
ingênuo e lento de raciocínio.
Ao ver Pandora, Epimeteu
esqueceu-se que Prometeu havia-lhe recomendado muitas vezes para não aceitar
presentes de Zeus; e aceitou-a de braços abertos.
Certo dia, Pandora viu uma ânfora
muito bem lacrada, e assim que se aproximou dela Epimeteu alertou-a para se
afastar, pois Prometeu lhe recomendara que jamais a abrisse, caso contrário, os
espíritos do mal recairiam sobre eles.
Mas, apesar daquelas palavras, a
curiosidade da mulher de barro aumentava; não mais resistindo, esperou que o
marido saísse de casa e correu para abrir o jarro proibido.
Mal ergueu a tampa, Pandora deu
um grito de pavor e do interior da ânfora saíram monstros horríveis: o Mal, a
Fome, o Ódio, a Doença, a Vingança, a Loucura e muitos outros espíritos
maléficos...
Quando voltou a lacrar a jarra,
conseguiu prender ali um único espírito, a Esperança.
Assim, então, tudo aconteceu
exatamente conforme Zeus havia planejado. Usou a curiosidade e a mentira de
Pandora para espalhar o mal sobre o mundo, tornando os homens duros de coração
e cruéis, castigando Prometeu e toda a humanidade.
Fonte:
"Contos tradicionais, fábulas, lendas e mitos": Ministério da
Educação - Fundescola - Projeto Nordeste - Secretaria de Ensino Fundamental.
Brasília, 2000 - Volume 2. (A imagem que acompanha o texto, não se inclui na
referida obra).
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