Trovas Ciganas
(1925)
Eu sou triste
como é triste
Da lua o
frouxo clarão
Quando reflete
na campa
De quem viveu
na aflição.
É feliz esse
que diz
Que sua mãe
inda tem.
Depois que
perdi a minha,
Já não sei
quem me quer bem.
Um sorriso dos
meus lábios
Não é sorriso,
é gemido:
Do sentir
mudei a forma
Pra não ser
aborrecido.
Morre, quem
deve viver;
Vive, quem
deve morrer...
Os contrastes
deste mundo
Eu os não
posso entender...
MELO MORAES
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