Trovas Ciganas
A flor de
minha esperança
Expandiu
perfume santo,
Hoje triste se
retrata
No lago que
faz meu pranto.
Da vida os
primeiros passos,
Quando eles
são errados,
Deixam sinais
indeléveis,
Que sempre
serão chorados.
Por muito que
o infeliz
Contra os
males se previna,
Há de passar
por aqueles
Que lhe marcou
sua sina.
Não sei como ainda
um sorriso
Pôde encontrar
expressão
Nos lábios de
um desgraçado,
Quando é morto
o coração.
Há uma espécie
de plantas
Que vingam sem
ter raízes:
Assim são certos
sorrisos
Nos lábios dos
infelizes.
Os meus amores perdidos
Que em
minh'alma se criaram,
Fazem hoje meu
martírio
Nas lembranças
que deixaram.
Ai daqueles
que perderam
Seu primeiro e
santo amor,
Pois nas
próprias distrações
Agravarão sua
dor!
Os meus
sorrisos perdidos,
Os meus
prazeres de outrora,
Quem me dera
tê-los, hoje,
Sabendo o que eu
sei agora!
Dizem que as
almas não morrem,
São
imortais... não têm fim...
A minha faz
exceção:
Está morta
dentro de mim!
Até no pranto
sou pobre
Porque não
posso chorar,
Mas eu sei
porque me falta,
É para não aliviar.
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