Se me não sabes amar...
*(1926)*
Se
me não sabes amar,
Andas
chorando por mim:
Sou
cego de amor, bem sei;
Mas
vejo da estrada o fim.
Segue-me
de olhos fechados,
Que
a estrada é toda de luz!
Quanta
vez se encontra um cego,
Que
um outro cego conduz!
Brilha
a lua solitária,
Do
espaço na imensidão;
Assim
a chama do amor
Arde
no meu coração.
Mas,
entre ambas, há diferença,
Que
um simples olhar indica:
É
que a lua segue e passa,
E
o amor é firme e fica.
Tem
amor escola aberta
De
desenganos formais,
Onde
os amantes aprendem
Coisas...
sabidas demais.
Contudo,
por mais que aprendam,
Seguindo
o curso, a preceito,
Ninguém
tirou até hoje
Do
estudo nenhum proveito.
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