Não, ainda!...
Um dia Emílio de Menezes, que
morava num arrabalde tranquilo, chegou à cidade, por motivo fortuito, ao nascer
do sol; e ao passar por um boteco conhecido, encontrou ali Olavo Bilac, triste, ao
lado de um amigo sonolento, diante de uma garrafa.
— Bilac, já?!... perguntou o
poeta dos "Olhos Funéreos".
E Olavo Bilac, na plena mocidade
da sua glória e dos seus vinte e oito anos, respondeu com a mais perfeita
dignidade:
— Não, ainda!...
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Revista
Fon-Fon, 20 de abril de 1918
Pesquisa e adaptação ortográfica: Iba Mendes (2019)
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