Muito vence quem se vence
*(1925)*
Muito
vence quem se vence,
Muito
diz quem não diz tudo,
Ao
que é discreto pertence
A
tempo fazer-se mudo.
Eu
amava-te menina...
Se
não fora um “senão”:
Seres
pia d'água benta
Onde
todos põem a mão.
São
Pedro disse-me um dia:
Casa
Ricardo se queres,
Mas
para o céu vem sozinho,
Que
eu fecho a porta às mulheres.
Trago
junto ao coração,
Duas
escamas de peixe,
Uma
me diz que te ame,
Outra
me diz que te deixe.
No
dia em que me disseres
Uma
só verdadezinha,
Hão
de nascer sete dentes,
No
bico de uma galinha.
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