Epitáfios
Os epitáfios humorísticos já foram moda no Rio de Janeiro. Figuras destacadas
das letras, artes, da política, eram ridicularizadas em versos. O suposto defunto
recebia o “elogio fúnebre” de suas vaidades, ambições, avareza e outros vícios.
Os defeitos físicos também não eram poupados: nem a cor de mestre Hemetério nem
a gordura de Oliveira Lima.
Emílio de Menezes chegou a compor para
si próprio o seguinte epitáfio:
Morreu em tal quebradeira
Que nem pôde entrar no céu,
Pois só levou cabeleira,
Bigode, banha e chapéu.
Que nem pôde entrar no céu,
Pois só levou cabeleira,
Bigode, banha e chapéu.
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A Cruz, nº 1870, 11 de
janeiro de 1953.
Pesquisa e adequação ortográfica: Iba Mendes (2019)
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