Da minha janela...
*(1924)*
*(1924)*
Da
minha janela à tua,
Do
meu coração ao teu,
Vai
um mar de amarguras,
E
o navegante sou eu.
Já
te dei meu coração,
Coisa
que dar não podia;
Já
te dei a melhor prenda.
Que
no meu peito trazia.
“Fulano”
se sabe ler,
Leia
no meu coração:
Dentro
dele há de achar
Se
lhe quero bem ou não.
Meu
coração é relógio,
Minh'alma
dá badaladas;
No
dia em que te não vejo,
Trago
eu as horas contadas.
Da
minha janela à tua,
É
uma vara medida:
Do
teu coração ao meu,
Ai!
Que estrada tão comprida!
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