Anomalia
financeira
Certas vez, ia Emílio de Menezes em um
bonde, quando se sentaram no banco imediato, em frente, duas senhoras de
grandes banhas, que dificilmente puderam entrar no veículo. Com o peso das duas
matronas, o banco, que era frágil, range, estala, geme, estranhando a carga. O
poeta, que observa o caso, leva a mão à boca, no seu gesto característico, e
põe-se a rir em silêncio, no seu riso sacudido e interior, E como se o
companheiro o olhasse, explicou:
— Sim, senhor! É a primeira vez que
vejo um banco quebrar por excesso de fundos!...
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Humberto de Campos: O Brasil
anedótico, ano 1927.
Pesquisa e atualização ortográfica: Iba Mendes (2019)
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