NO BANCO
Uma velha senhora entrou numa agência
da Caixa Econômica e apresentou ao empregado uma nota de 50 mil réis.
— A senhora quer depositar este dinheiro?
— Sim, senhor.
O empregado entregou então a
mulher um formulário e uma caneta.
— Faça o favor de assinar
nesta linha... aqui... acima do valor...
— Aqui, não é?
— Sim, senhora!
— O meu nome todo?
— Sim, o seu nome completo.
— Meu nome de solteira...
ou...
— Não, o seu nome atual...
— Então quer dizer que o
sobrenome de meu marido — que Deus o tenha! — devo também pôr aqui?...
— Sim... mas também o sobrenome da senhora... fui claro?...
— Todos os meus sobrenomes?
— Sim, todos!
— Em que ordem?
— Na ordem de costume...
— Obrigada... compreendo...
mas...
— Mas o quê, minha senhora?
— É que... é que eu não sei
escrever...
Jornal “O Estado”, 1936.
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