O rato do campo e o rato da cidade
Certo
ratinho da cidade resolveu banquetear um compadre que morava no mato. E
convidou-o para um festim, marcando hora e lugar.
Veio o rato
da roça, e logo de entrada muito admirou do luxo de seu amigo. A mesa era um
tapete oriental, e os manjares eram coisa papa-fina: queijo do reino, presunto,
pão de ló, mãe-benta. Tudo isso dentro de um salão cheio de quadros, estatuetas
e grandes espelhos de moldura dourada.
Puseram-se a
comer.
No melhor da
festa, porém, ouviu-se um rumor na porta. Incontinente, o rato da cidade fugiu
para o seu buraco, deixando o convidado de boca aberta.
Não era
nada, e o rato fujão voltou e prosseguiu o jantar. Mas ressabiado, de orelha em
pé, atento aos mínimos rumores da casa.
Daí a pouco,
novo barulhinho na porta e nova fugida do ratinho.
O compadre
da roça franziu o nariz.
Sabe do que
mais? Vou-me embora. Isto aqui é muito bom e bonito, mas não me serve. Muito
melhor roer o meu grão de milho no sossego da minha toca do que me fartar de
gulodices caras com o coração aos pinotes. Até logo.
E foi-se.
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Fonte:
Do livro "Fábulas e Histórias diversas"
Pesquisa e adequação
ortográfica: Iba Mendes (2018)
Cadê o moral hmmmmmmmmmmmmmm
ResponderExcluirCaddeeeee a moraaaaau
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