Autor: Rabindranath Tagore
Tradutor desconhecido (Revista
Excelsior)
Ano: 1931.
Tenho as suas mãos nas linhas,
e ao coração, forte, a aperto: trato de encher os meus braços com toda a sua
beleza... de saquear-lhe com beijos o sorriso, que doçura! e avidamente
beber-lhe o negro olhar luminoso...
Ai do meu sonho! mas onde, mas
onde é que a hei de encontrar?
Quem poderia forçar o azul imenso
do céu?
Quero estreitar nos meus
braços a beleza, mas eis que ela se me escapa e às mãos só me deixa o corpo.
Lasso e triste, volto ao
andado caminho...
Como há de poder o corpo
colher a flor, esse cálix que a alma só pode tocar?
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Pesquisa, transcrição e adaptação ortográfica: Iba Mendes (2018)
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