Ano: 1949.
As pombas
La no outeiro, onde estão as sepulturas,
Se ergue o penacho verde da palmeira
Que, mal as horas vão ficando escuras,
É das pombas morada passageira.
Pela manhã, dos ramos debandando,
Qual um colar que fosse desenfiado,
Alvas, se espalham, o ar azul cortando,
E longe vão pousar nalgum telhado.
É a árvore' minh'alma, onde, à noitinha,
Brancas visões, quais pombas, dos céus caem;
De asas vibrando, o enxame aí se aninha,
Mas ao primeiro alvor logo se esvaem...
---
Pesquisa, transcrição e adaptação ortográfica: Iba Mendes (2018)
---
Pesquisa, transcrição e adaptação ortográfica: Iba Mendes (2018)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sugestão, críticas e outras coisas...