O Grande Herculano
Alexandre Herculano de Carvalho Araújo era natural de Lisboa, onde nascera a 28 de março de 1810, contando, portanto, 67 anos de idade ao passar deste para o outro mundo, isto é, o mundo da imortalidade, a 13 de setembro de 1877. Filho de pais muito modestos, Alexandre Herculano fez os estudos primários em colégios de padre e, não tendo recursos para enfrentar o ensino superior, aproveitou o seu tempo para assimilar idiomas estrangeiros, principalmente francês, inglês e alemão, nos quais se tornou exímio. Espírito liberal, infenso ao despotismo de D. Miguel, para logo envolveu-se numa conspiração sediciosa, que o obrigou a refugiar-se na França, de onde voltou, mais tarde, para nova revolução, desta vez com o objetivo de lutar ao lado de D. Pedro I, que então reivindicava o trono de Portugal para a infante D. Maria, revelando, então, extraordinária bravura. Vencido, novamente, Herculano entregou-se por algum tempo ao sossego de seus estudos, obtendo a sua nomeação de bibliotecário do Paço Municipal do Porto. Afastado depois de cargo, iniciou a colaboração em jornais literários, publicando, em 1836, um panfleto político intitulado A Voz do Profeta. Começou, assim, a carreira literária que o imortalizaria. Ainda em 1836, publicou o livro Harpa do Crente, que, reunido posteriormente com outras produções poéticas, foi seguidamente reeditado, com o nome de Poesias. Depois de publicar O Bobo e O Monge de Cister, em 1848, aceitou e convite do rei D. Fernando para exercer o cargo de Diretor da Biblioteca da Ajuda, onde reuniu os elementos para a elaboração da História das Origens e do Estabelecimento da Inquisição em Portugal e da monumental História de Portugal, livros que lhe granjearam sem número de inimigos. Publicou, ainda, Lendas e Narrativas, em dois volumes; Eurico, o Presbítero e uma série de estudos jurídicos, históricos, pedagógicos, políticos, etc. Mais tarde, reunidos em diversos volumes, sob o título Opúsculos. Alexandre Herculano faleceu em sua Quinta de Val de Lobos, para onde se retirara, já no fim da vida.
Alexandre Herculano de Carvalho Araújo era natural de Lisboa, onde nascera a 28 de março de 1810, contando, portanto, 67 anos de idade ao passar deste para o outro mundo, isto é, o mundo da imortalidade, a 13 de setembro de 1877. Filho de pais muito modestos, Alexandre Herculano fez os estudos primários em colégios de padre e, não tendo recursos para enfrentar o ensino superior, aproveitou o seu tempo para assimilar idiomas estrangeiros, principalmente francês, inglês e alemão, nos quais se tornou exímio. Espírito liberal, infenso ao despotismo de D. Miguel, para logo envolveu-se numa conspiração sediciosa, que o obrigou a refugiar-se na França, de onde voltou, mais tarde, para nova revolução, desta vez com o objetivo de lutar ao lado de D. Pedro I, que então reivindicava o trono de Portugal para a infante D. Maria, revelando, então, extraordinária bravura. Vencido, novamente, Herculano entregou-se por algum tempo ao sossego de seus estudos, obtendo a sua nomeação de bibliotecário do Paço Municipal do Porto. Afastado depois de cargo, iniciou a colaboração em jornais literários, publicando, em 1836, um panfleto político intitulado A Voz do Profeta. Começou, assim, a carreira literária que o imortalizaria. Ainda em 1836, publicou o livro Harpa do Crente, que, reunido posteriormente com outras produções poéticas, foi seguidamente reeditado, com o nome de Poesias. Depois de publicar O Bobo e O Monge de Cister, em 1848, aceitou e convite do rei D. Fernando para exercer o cargo de Diretor da Biblioteca da Ajuda, onde reuniu os elementos para a elaboração da História das Origens e do Estabelecimento da Inquisição em Portugal e da monumental História de Portugal, livros que lhe granjearam sem número de inimigos. Publicou, ainda, Lendas e Narrativas, em dois volumes; Eurico, o Presbítero e uma série de estudos jurídicos, históricos, pedagógicos, políticos, etc. Mais tarde, reunidos em diversos volumes, sob o título Opúsculos. Alexandre Herculano faleceu em sua Quinta de Val de Lobos, para onde se retirara, já no fim da vida.
Vida Carioca, abril de
1958.
Pesquisa, transcrição e adaptação ortográfica: Iba Mendes (2018)
Pesquisa, transcrição e adaptação ortográfica: Iba Mendes (2018)
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