Pesquisa e atualização ortográfica: Iba Mendes (2018)
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Era filho da Paraíba; depois de
haver expulsado os holandês da Bahia, em 1636 e 1638; depois de ter alcançado
com glória o posto de tenente-coronel, determinou partir em 1644 para
Pernambuco.
Em 1645, depois de muitos
combates parciais, bate os holandeses no engenho de Ana Paes; nesse mesmo ano
derrota o estrangeiro perto do engenho de Antônio Fernandes Pessoa.
Em 1646 o Rio Grande pede-lhe socorro,
e ele oferece-se para perseguir o inimigo. Depois de ter derrotado os holandeses
no Rio Grande e Paraíba, e coberto de glória e abençoado pelo povo, volta a
Pernambuco.
Na primeira e segunda batalha dos
Guararapes acomete o inimigo de noite e o desbarata.
Em 1654 toma o reduto de Milton,
e sabe ter piedade dos vencidos.
Com mil e cem infantes ataca o
forte das Cinco Pontas. A empresa é arriscada, mas ele, o gênio da guerra,
supera tudo e impõe aos holandeses o tratado de paz de 1654, pelo qual lhe
entregavam a praça do Recife com todas as suas defensas, e as capitanias de
Itamaracá, Rio Grande e Paraíba.
Sendo ele o primeiro guerreiro
dessa luta patriótica, foi o encarregado de levar a D. João IV em Lisboa a
feliz notícia de paz.
El-Rei o recebe com agrado, e
para recompensá-lo de vinte anos de serviços, o nomeia governador do Maranhão;
dá-lhe o foro de grande fidalgo, uma comenda lucrativa na ordem de Cristo,
tendo ele já a comenda de São Pedro, e as alcaidarias de Marialva e Moreira.
Foi nomeado mais tarde governador
de Angola.
Religioso como um santo, instituiu
perto de Goiana a capela da Senhora do Desterro.
Partindo para Angola, fez aí
importantes serviços, alcançando a vitória de Anabouilla.
Os nossos historiadores não relatam
o ano e o lugar em que morreu tão distinto varão, e nem se tem notícia do seu
jazigo.
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Fonte:
Fonte:
Manuel Francisco Dias da Silva
Dicionário biográfico de brasileiros célebres nas letras, artes,
política, ciências etc. (1871).
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