Negar que existe preconceito racial
no Brasil, é negar o óbvio telescópico. Em todos os âmbitos da nossa sociedade,
esse preconceito se manifesta das mais variadas formas, e isso pode ser
observado numa simples “batida policial”. Isto posto, elenco a seguir as minhas
razões porque sou contra as chamadas “cotas raciais” em nosso país.
Em primeiro lugar, sou contra as
cotas raciais porque acredito que o negro e o branco em nada diferem um do
outro em termos intelectuais, e, portanto, neste sentido estão ambos em pé de
igualdade para pleitear as mesmas vagas nos vestibulares ou nos concursos
públicos. A questão de acesso às universidades ou empresas públicas está fundamentalmente
atrelada às condições sociais da pessoa, e não a sua cor. O indivíduo que estudou em escolas boas, que usufruiu
de tempo livre e de dinheiro, que teve uma excelente estrutura familiar e
social, é claro que terá mais facilidade para ascender a uma faculdade pública
ou a uma empresa estatal. A desvantagem
recai exclusivamente sobre o pobre, seja este branco ou negro, seja de qualquer
outra etnia.
Em segundo lugar, sou contra as
cotas raciais porque acredito que tal medida apenas perpetua ente nós o estigma
da “raça”, em vez de reparar um crime histórico. Pessoalmente eu não me sentiria confortável (e
falo de mim) numa sala de aula sabendo que estou ali porque fui beneficiado
pela cor da minha pele. Ora, em vez das cotas, por que não reservar grande
parte das vagas das universidades públicas para aqueles que vieram igualmente
de escolas públicas e que não podem pagar uma “Harvard University”? A lógica e
simples: não paga quem não pode pagar!
Em terceiro lugar, sou contra as
cotas raciais porque acredito que o crime praticado contra os negros ao longo
da nossa história de maneira alguma pode ser reparado com simples “esmolas
governamentais”. Se se querem pagar-lhes
uma dívida histórica, que o façam com investimentos constantes na educação e com
melhorias concretas nas suas condições sociais, em vez de medidas populistas
como as tais “cotas”, as quais não têm sequer a unanimidade da própria população negra.
Em quarto lugar, sou contra as
cotas raciais porque não acredito que tal medida seja de fato decisiva para
dirimir os maléficos efeitos do racismo e da injustiça que se cometeu contra os
negros em nossa sociedade ao longo dos tempos. O racismo, que se manifesta em mentes imbecilizadas
e embrutecidas, deverá ser combatido com leis rígidas e medidas abrangentes de
caráter social e educacional.
Por último, sou contra as cotas
raciais porque, embora existam bons argumentos para sua manutenção, acredito
que de todo sobressaem os aspectos negativos, em que se mesclam a prevalência
de uma ideologia racial que nos separam e o estereótipo da cor que nos
inferiorizam.
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