Bernardo Guimarães - Resumo Biográfico
Texto publicado originalmente na revista "O Archivo Illustrado", no ano de 1905. Pesquisa e Adaptação ortográfica: Iba Mendes (2018)
Texto publicado originalmente na revista "O Archivo Illustrado", no ano de 1905. Pesquisa e Adaptação ortográfica: Iba Mendes (2018)
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Bernardo Guimarães é uma das individualidades
mais poderosas que possui a literatura nacional. Quase todos
os
seus romances passam-se em nossos rincões interiores: a beleza das matas, a
grandeza dos rios, o esplendor e a magnificência da natureza, as virtudes da
mulher brasileira, os hábitos simples e honestos de nossos roceiros, a vida
silvestre do Brasil são o assunto de sua obra.
As poesias de Bernardo Guimarães respiram
um tal perfume, tem tanta beleza, tanta imagem pomposa, um tal entusiasmo por
tudo quanto fala ao coração e ao bom gosto artístico; a harmonia
perfeita
dominando constantemente a rima, suavidade e melodia que dão aos versos do
grande poeta mineiro um cunho e relevo tais que o elevam à altura que tem
culminado os nossos mais destacados vultos literários.
De Bernardo Guimarães disse Sílvio
Romero: "O inteligente mineiro em seus versos e em seus romances é uma das
mais nítidas encarnações do espírito nacional;
a forma de suas poesias é de uma doçura
e sonoridade de encantar. Quem acha
algum interesse em tudo que é humano, em toda e qualquer manifestação da vida
de um povo pode e deve ler nos romances do grande escritor mineiro belos
quadros por todos eles esparsos".
Daí a glória que, ainda em vida, iluminou-lhe
o nome; daí a celebridade honrosa, mortalha incorruptível de sua memória
laureada.
Bernardo Guimarães nasceu em Ouro
Preto a 15 de agosto de 1825.
Bacharelou-se em Direito, em São
Paulo,
em 1852. De 1852 a 1858, ocupou OS cargos
de juiz municipal do Catalão, em Goiás, e de professor de retórica e filosofia
do liceu mineiro, em Ouro Preto (Minas Gerais).
Em 1859, no Rio, fez parte da
redação da Actualidade,
folha
liberal do conselheiro Lafayette.
Deixou as seguintes obras: Cantos
da solidão, duas edições (1853-1858); Poesias, publicadas em 1865,
em Paris, pela livraria Garnier, que de
então em diante, passou a ser a editora de suas obras; Novas poesias (1876);
Inspirações da tarde (1858); Folhas
do outono (1883), últimas poesias que colecionou.
E
os romances: O Ermitão do Muquém, Lendas e Romances, O
Seminarista, O Índio Afonso, A Ilha Maldita, O Garimpeiro,
A Escrava Isaura, O Pão de Ouro, Rosaura, Histórias e tradições
de Minas Gerais, Maurício ou os Paulistas em S. João d'El Rei (2 volumes).
"O
Archivo Illustrado", São Paulo, 1905.
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