Texto escrito em revista "Vida carioca", no ano de 1955. Pesquisa, transcrição e atualização ortográfica de Iba Mendes (2017)
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Antônio Augusto de Lima, poeta, político e parlamentar, falecido no Rio de Janeiro a 22 de abril de 1934, era natural de Congonhas de Sabará, mais tarde Vila Nova de Lima, então província de Minas Gerais, onde nasceu a 5 de abril de 1860.
Ainda
estudante, na Faculdade de Direito de São Paulo, dedicou-se ao jornalismo e,
juntamente com Raimundo Correia e outros, fundou a Revista de Ciências e
Letras.
Também por
essa época, cultivava a música, tendo produzido várias composições.
Em 1882,
colou o grau de bacharel e, no ano seguinte, foi nomeado promotor público de
Leopoldina, em Minas.
Abolicionista
e republicano, exercia o cargo de Juiz de Direito de Conceição da Serra no
Espírito Santo, quando se verificou a transformação política de 15 de novembro
de 1889.
Poucos meses
depois, foi nomeado para o mesmo cargo em Dores de Boa Esperança, na terra
natal, mas não chegou a exercê-lo, por ter sido indicado para o posto de Chefe
de Polícia do Estado.
Nomeado
Governador, submeteu ao Congresso Constituinte o projeto de mudança da capital
mineira de Ouro Preto para Curral del-Rei (depois Belo Horizonte).
Vitoriosa
essa ideia, dois ou três anos depois, tornou a exercer o cargo de Juiz na nova
capital, em cuja Faculdade de Direito regeu a cadeira de Filosofia do Direito.
Até 1919,
ano em que foi eleito deputado Federal, dirigiu o Arquivo Público de Minas
Gerais.
Augusto de
Lima teve participação ativa no movimento político de que resultou a Revolução
de 1930.
Eleito
deputado a Assembleia Nacional Constituinte de 1934, faleceu antes de ser
promulgada a nova Constituição da República.
Era membro
da Academia Brasileira de Letras, da qual foi presidente em 1928.
As suas
obras constam das seguintes categorias: em verso - Contemporâneas, Símbolos,
São Francisco de Assis, Tiradentes (ópera lírica); em prosa - A
Comarca da Capital de Minas e o Juiz de Direito de Ouro Preto, Memória
Histórica da Faculdade de Direito do Estado de Minas Gerais, Discurso de
Saudação a João Luiz Alves na Academia Brasileira de Letras, Noites de
Sábado.
"Vida
Carioca", abril de 1955.
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