Uma análise pseudofilosófica dos eleitores de "Lula"
O que de fato motivaria uma pessoa
a votar num político infamado pela corrupção e já condenado pela Justiça? Como
explicar o fervor de uma imensa turba de eleitores que não mede esforço para
ver o "Lula" Deputado Federal, Senador ou Presidente da República? É possível entender a mente de tais pessoas, as razões que as fazem ignorar os escândalos os quais pairam como sombras espectrais ao redor desse "político"?
Esclareço que o "Lula" de
que faço menção pode ser apenas uma metáfora para designar qualquer outro político
em situação semelhante ao "Lula de Garanhuns", os quais podem ser da Direita, do Centro
ou da Esquerda. Isso é indiferente!
As razões motivadoras são diversas, mas
poderia sintetizá-las todas mediante uma só palavra. Esta: CONVENIÊNCIA.
Segundo Houaiss, conveniência é um substantivo feminino
que denota a qualidade do que é conveniente, aquilo que atende ao gosto, às necessidades,
ao bem-estar de um indivíduo, algo que é útil, que simplifica uma rotina, que
economiza o tempo etc.
Uma pessoa, por exemplo, que
ascendeu financeiramente durante o "Governo Lula" (ou de outro político qualquer) tende
fatalmente a acreditar que sua prosperidade financeira está de alguma forma
atrelada aos atos políticos do referido candidato. A mesma lógica pode ser também aplicada aos
jovens que conseguiram terminar uma faculdade, ao rapaz e à moça que entraram
no mercado de trabalho, ao casal que comprou um carro, à família que passou a
usufruir de algum dos benefícios sociais do Governo, àqueles que de algum modo lucraram por
intermédio de programas governamentais, seja pelo investimento no mercado empresarial,
seja por auxílio de verbas publicitárias, seja ainda por meio de projetos
culturais de caráter lucrativo etc. etc. etc. Tal conveniência estende-se ainda
para o âmbito das tendências ideológicas: vota-se no "Lula" porque
ele é favor da causa X ou Y, porque ele é contra isso e aquilo, e por aí vai...
Desde que se obtenha alguma
vantagem, seja ela relacionada ao viver cotidiano, seja ela da esfera ideológica, a
questão ética (os valores morais) torna-se irrelevante e desprovida de qualquer sentido prático.
O sucesso que se conquistou ou que supostamente se alcançará, eleva-se a tal
ponto que o escrúpulo ou o senso de pudor diluem-se numa consciência cauterizada, numa espécie
de cumplicidade consentida e sem qualquer culpa. É o tipo de mentalidade mesquinha, cuja preocupação está centrada exclusivamente no mundinho pessoal ou familiar, sem qualquer
responsabilidade social para com o futuro do país como um todo. Na essência, desde que se tenha as necessidades pessoais ou familiares de algum modo supridas, e ainda que tais necessidades estejam restritas meramente ao campo da simples ideologia, pouco importa se tais candidatos roubam ou deixam roubar.
De certa forma, tais pessoas são tão mentalmente corruptas quanto o próprio político denegrido a quem elegem.
De certa forma, tais pessoas são tão mentalmente corruptas quanto o próprio político denegrido a quem elegem.
É isso!
São Paulo, dezembro de 2017.
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