Pesquisa e atualização ortográfica: Iba Mendes (2017)
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O engenheiro Adriano Walsh havia
chegado de viagem, e convidara para almoçar em seu palacete, no dia seguinte, o
seu opulento amigo Dr. Polidoro Tavares, advogado jovem e competentíssimo que
era tratado na família com as maiores considerações.
O almoço, nesse dia, correu
delicioso. Alta, esguia, elegantíssima com os fartos cabelos de ouro arranjados
com encantadora simplicidade, Mme Walsh mostrara-se, como sempre, deslumbrante
de formosura e de espírito. Atordoada pela alegria do marido, os seus olhos,
cinzentos e lindos, lembravam duas pérolas grandes e misteriosas, luzindo,
magníficas, entre os canteiros de violetas das olheiras. Vestida de linho
espumante, o seu vulto emergindo, na mesa, do tumulto dos cristais e da baixela
de ouro, era como uma grande rosa branca, em torno da qual fervilhassem,
disputando-lhe o pólen, miríades de insetos faiscantes.
Após o almoço, quando o sol já
sonhava, cansado, com o leito longínquo das colinas, os dois amigos tomaram o
automóvel, e desceram, juntos, para a cidade. Na Avenida, saltaram, e caminhavam,
palestrando, por uma das ruas transversais, quando diante de uma fábrica de
móveis, o engenheiro estacou, preocupado:
— Diacho! — proclamou. — Minha
mulher pediu-me para mandar consertar um móvel em casa, e eu não me lembro.
Agora, qual é a peça da mobília!
— Não é o divã da alcova, que
está rangendo muito? — atalhou o advogado, insensível.
— É isso! é isso mesmo! é o divã
da alcova! — lembrou-se o Dr. Walsh batendo na testa.
E entrou na marcenaria.
Como vocês não se deram conta da grafia correta???
ResponderExcluirQue negócio é esse de CONCERTAR um móvel em casa???
O verbo é CONSERTAR, meus senhores!!!