História duma gaivota
Pesquisa e atualização ortográfica: Iba Mendes (2017)
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Conheci,
uma vez, uma menina inglesa, de cinco anos, galantíssima e loura, que não sabia
ainda gorjear, trinar a linguagem cantante e musical de vossa excelência, e que
cantava com graciosidade infinita e interessante dificuldade de expressão, a um
grupozinho encantador de crianças, a história adorável de uma gaivota que
possuíra.
Era a
beira-mar, numa dourada tarde de setembro.
A história,
que pude recolher com fidelidade no meu espírito, pela galanteria e
ingenuidade, repassadas de afeição e tristeza com que saiu daqueles lábios de
boneca — foi a seguinte:
“Eu tive uma gaivota... Era mansa, muito mansinha... Já
cantava e voava... Depois... depois moriu!...”
***
Senhora! – foi o que sucedeu à minha Musa.
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