Galeria Póstuma
Pesquisa e atualização ortográfica: Iba Mendes (2017)
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CAPÍTULO
1
Não, não se descreve a consternação que
produziu em todo o Engenho Velho, e particularmente no coração dos amigos, a
morte de Joaquim Fidélis. Nada mais inesperado. Era robusto, tinha saúde de
ferro, e ainda na véspera fora a um baile, onde todos o viram conversador e
alegre. Chegou a dançar, a pedido de uma senhora sexagenária, viúva de um amigo
dele, que lhe tomou do braço, e lhe disse:
— Venha cá, venha cá, vamos mostrar a estes
criançolas como é que os velhos são capazes de desbancar tudo.
Joaquim Fidélis protestou sorrindo; mas
obedeceu e dançou. Eram duas horas quando saiu, embrulhando os seus sessenta
anos numa capa grossa, — estávamos em junho de 1879 — metendo a calva na
carapuça, acendendo um charuto e entrando lepidamente no carro.
No carro é possível que cochilasse; mas, em
casa, malgrado a hora e o grande peso das pálpebras, ainda foi à secretária,
abriu uma gaveta, tirou um de muitos folhetos manuscritos, — e escreveu durante
três ou quatro minutos umas dez ou onze linhas. As últimas palavras eram estas:
"Em suma, baile chinfrim; uma velha gaiteira obrigou-me a dançar uma
quadrilha; à porta um crioulo pediu-me as festas. Chinfrim!" Guardou o
folheto, despiu-se meteu-se na cama, dormiu e morreu.
Sim, a notícia consternou a todo o bairro.
Tão amado que ele era, com os modos bonitos que tinha, sabendo conversar com
toda a gente, instruído com os instruídos, ignorante com os ignorantes, rapaz
com os rapazes, e até moça com as moças. E depois, muito serviçal, pronto a
escrever cartas, a falar a amigos, a concertar brigas, a emprestar dinheiro. Em
casa dele reuniam-se à noite alguns íntimos da vizinhança, e às vezes de outros
bairros; jogavam o voltarete ou o whist,
falavam de política. Joaquim Fidélis tinha sido deputado até à dissolução da
Câmara pelo Marquês de Olinda, em 1863. Não conseguindo ser reeleito, abandonou
a vida pública. Era conservador, nome que a muito custo admitiu, por lhe
parecer galicismo político. SAQUAREMA é o que ele gostava de ser chamado. Mas
abriu mão de tudo; parece até que nos últimos tempos desligou-se do próprio
partido, e afinal da mesma opinião. Há razões para crer que, de certa data em
diante, foi um profundo cético e nada mais.
Era rico e letrado. Formara-se em direito no
ano de 1842. Agora não fazia nada e lia muito. Não tinha mulheres em casa.
Viúvo desde a primeira invasão da febre amarela, recusou contrair segundas
núpcias, com grande mágoa de três ou quatro damas, que nutriram essa esperança
durante algum tempo. Uma delas chegou a prorrogar perfidamente os seus belos
cachos de 1845 até meados do segundo neto; outra, mais moça e também viúva,
pensou retê-lo com algumas concessões, tão generosas quão irreparáveis.
"Minha querida Leocádia, dizia ele nas ocasiões em que ela insinuava a
solução conjugal, por que não continuaremos assim mesmo? O mistério é o encanto
da vida". Morava com um sobrinho, o Benjamim, filho de uma irmã, órfão
desde tenra idade. Joaquim Fidélis deu-lhe educação e fê-lo estudar, até obter
diploma de bacharel em ciências jurídicas, no ano de 1877.
Benjamim ficou atordoado. Não podia acabar de
crer na morte do tio. Correu ao quarto, achou o cadáver na cama, frio, olhos
abertos, e um leve arregaço irônico ao canto esquerdo da boca. Chorou muito e
muito. Não perdia um simples parente, mas um pai, um pai terno, dedicado, um
coração único. Benjamim enxugou, enfim, as lágrimas; e, porque lhe fizesse mal
ver os olhos abertos do morto, e principalmente o lábio arregaçado,
consertou-lhe ambas as coisas. A morte recebeu assim a expressão trágica, mas a
originalidade da máscara perdeu-se.
— Não me digam isto! bradava daí a pouco um
dos vizinhos, Diogo Vilares, ao receber notícia do caso.
Diogo Vilares era um dos cinco principais
familiares de Joaquim Fidélis. Devia-lhe o emprego que exercia desde 1857. Veio
ele; vieram os outros quatro, logo depois, um a um, estupefatos, incrédulos.
Primeiro chegou o Elias Xavier, que alcançara por intermédio do finado, segundo
se dizia, uma comenda; depois entrou o João Brás, deputado que foi, no regímen
das suplências, eleito com o influxo do Joaquim Fidélis. Vieram, enfim, o
Fragoso e o Galdino, que lhe não deviam diplomas, comendas nem empregos, mas
outros favores. Ao Galdino adiantou ele alguns poucos capitais, e ao Fragoso
arranjou-lhe um bom casamento... E morto! morto para todo sempre! De redor da
cama, fitavam o rosto sereno e recordavam a última festa, a do outro domingo,
tão íntima, tão expansiva! E, mais perto ainda, a noite da antevéspera, em que
o voltarete do costume foi até às onze horas.
— Amanhã não venham, disse-lhes o Joaquim
Fidélis; vou ao baile do Carvalhinho.
— E depois?...
— Depois de amanhã, cá estou.
E, à saída, deu-lhes ainda um maço de
excelentes charutos, segundo fazia às vezes, com um acréscimo de doces secos
para os pequenos, e duas ou três pilhérias finas... Tudo esvaído! tudo
disperso! tudo acabado!
Ao enterro acudiram muitas pessoas gradas,
dois senadores, um ex-ministro, titulares, capitalistas, advogados,
comerciantes, médicos; mas as argolas do caixão foram seguras pelos cinco
familiares e o Benjamim. Nenhum deles quis ceder a ninguém esse último
obséquio, considerando que era um dever cordial e intransferível. O adeus do
cemitério foi proferido pelo João Brás, um adeus tocante, com algum excesso de
estilo para um caso tão urgente, mas, enfim, desculpável. Deitada a pá de
terra, cada um se foi arredando da cova, menos os seis, que assistiram ao
trabalho posterior e indiferente dos coveiros. Não arredaram pé antes de ver
cheia a cova até acima, e depositadas sobre ela as coroas fúnebres.
CAPÍTULO
2
A missa do sétimo dia reuniu-os na igreja.
Acabada a missa, os cinco amigos acompanharam à casa o sobrinho do morto.
Benjamim convidou-os a almoçar.
— Espero que os amigos do tio Joaquim serão
também meus amigos, disse ele.
Entraram, almoçaram. Ao almoço falaram do
morto; cada um contou uma anedota, um dito; eram unânimes no louvor e nas
saudades. No fim do almoço, como tivessem pedido uma lembrança do finado,
passaram ao gabinete, e escolheram à vontade, este uma caneta velha, aquele uma
caixa de óculos, um folheto, um retalho qualquer íntimo. Benjamim sentia-se
consolado. Comunicou-lhes que pretendia conservar o gabinete tal qual estava.
Nem a secretária abrira ainda. Abriu-a então, e, com eles, inventariou o
conteúdo de algumas gavetas. Cartas, papéis soltos, programas de concertos, menus de grandes jantares, tudo ali
estava de mistura e confusão. Entre outras coisas acharam alguns cadernos
manuscritos, numerados e datados.
— Um diário! disse Benjamim.
Com efeito, era um diário das impressões do
finado, espécie de memórias secretas, confidências do homem a si mesmo. Grande
foi a comoção dos amigos; lê-lo era ainda conversá-lo. Tão reto caráter! tão
discreto espírito! Benjamim começou a leitura; mas a voz embargou-se-lhe
depressa, e João Brás continuou-a.
O interesse do escrito adormeceu a dor do
óbito. Era um livro digno do prelo. Muita observação política e social, muita
reflexão filosófica, anedotas de homens públicos, do Feijó, do Vasconcelos,
outras puramente galantes, nomes de senhoras, o da Leocádia, entre outros; um
repertório de fatos e comentários. Cada um admirava o talento do finado, as
graças do estilo, o interesse da matéria. Uns opinavam pela impressão
tipográfica; Benjamim dizia que sim, com a condição de excluir alguma coisa, ou
inconveniente ou demasiado particular. E continuavam a ler, saltando pedaços e
páginas, até que bateu meio-dia. Levantaram-se todos; Diogo Vilares ia já
chegar à repartição fora de horas; João Brás e Elias tinham onde estar juntos.
Galdino seguia para a loja. O Fragoso precisava mudar a roupa preta, e
acompanhar a mulher à Rua do Ouvidor. Concordaram em nova reunião para
prosseguir na leitura. Certas particularidades tinham-lhes dado uma comichão de
escândalo, e as comichões coçam-se: é o que eles queriam fazer, lendo.
— Até amanhã, disseram.
— Até amanhã.
Uma vez só, Benjamim continuou a ler o
manuscrito. Entre outras coisas, admirou o retrato da viúva Leocádia,
obra-prima de paciência e semelhança, embora a data coincidisse com a dos
amores. Era prova de uma rara isenção de espírito. De resto, o finado era
exímio nos retratos. Desde 1873 ou 1874, os cadernos vinham cheios deles, uns
de vivos, outros de mortos, alguns de homens públicos, Paula Sousa, Aureliano,
Olinda, etc. Eram curtos e substanciais, às vezes três ou quatro rasgos firmes,
com tal fidelidade e perfeição, que a figura parecia fotografada. Benjamim ia
lendo; de repente deu com o Diogo Vilares. E leu estas poucas linhas:
DIOGO VILARES
Tenho-me referido muitas
vezes a este amigo, e fá-lo-ei algumas outras mais, se ele me não matar de
tédio, coisa em que o reputo profissional. Pediu-me há anos que lhe arranjasse
um emprego, arranjei-lho. Não me avisou da moeda em que me pagaria. Que
singular gratidão! Chegou ao excesso de compor um soneto e publicá-lo.
Falava-me do obséquio a cada passo, dava-me grandes nomes; enfim, acabou. Mais
tarde relacionamo-nos intimamente. Conheci-o então ainda melhor. C'est le genre ennuyeux. Não é mau parceiro
de voltarete. Dizem-me que não deve nada a ninguém. Bom pai de família.
Estúpido e crédulo. Com intervalo de quatro dias, já lhe ouvi dizer de um
ministério que era excelente e detestável: — diferença dos interlocutores. Ri
muito e mal. Toda a gente, quando o vê pela primeira vez, começa por supô-lo um
varão grave; no segundo dia dá-lhe piparotes. A razão é a figura, ou, mais
particularmente, as bochechas, que lhe emprestam um certo ar superior.
A primeira sensação do Benjamim foi a do
perigo evitado. Se o Diogo Vilares estivesse ali? Releu o retrato e mal podia
crer; mas não havia negá-lo, era o próprio nome do Diogo Vilares, era a mesma
letra do tio. E não era o único dos familiares; folheou o manuscrito e deu com
o Elias:
ELIAS XAVIER
Este Elias é um espírito subalterno,
destinado a servir alguém, e a servir com desvanecimento, como os cocheiros de
casa elegante. Vulgarmente trata as minhas visitas íntimas com alguma
arrogância e desdém: política de lacaio ambicioso. Desde as primeiras semanas, compreendi
que ele queria fazer-se meu privado; e não menos compreendi que, no dia que
realmente o fosse, punha os outros no meio da rua. Há ocasiões em que me chama
a um vão da janela para falar-me secretamente do sol e da chuva. O fim claro é
incutir nos outros a suspeita de que há entre nós coisas particulares, e
alcança isso mesmo, porque todos lhe rasgam muitas cortesias. É inteligente,
risonho e fino. Conversa muito bem. Não conheço compreensão mais rápida. Não é
poltrão nem maldizente. Só fala mal de alguém, por interesse; faltando-lhe
interesse, cala-se; e a maledicência legítima é gratuita. Dedicado e
insinuante. Não tem ideias, é verdade; mas há esta grande diferença entre ele e
o Diogo Vilares: — o Diogo repete pronta e boçalmente as que ouve, ao passo que
o Elias sabe fazê-las suas e plantá-las oportunamente na conversação. Um caso
de 1865 caracteriza bem a astúcia deste homem. Tendo dado alguns libertos para
a guerra do Paraguai, ia receber uma comenda. Não precisava de mim; mas veio
pedir a minha intercessão, duas ou três vezes, com um ar consternado e súplice.
Falei ao ministro, que me disse: — "O Elias já sabe que o decreto está
lavrado; falta só a assinatura do imperador". Compreendi então que era um
estratagema para poder confessar-me essa obrigação. Bom parceiro de voltarete;
um pouco brigão, mas entendido.
— Ora o tio Joaquim! exclamou Benjamim
levantando-se. E depois de alguns instantes, reflexionou consigo: — “estou
lendo um coração, livro inédito. Conhecia a edição pública, revista a expurgada.
Este é o texto primitivo e interior, a lição exata e autêntica. Mas quem
imaginaria nunca... Ora o tio Joaquim!
E, tornando a sentar-se, releu também o
retrato do Elias, com vagar, meditando as feições. Posto lhe faltasse
observação, para avaliar a verdade do escrito, achou que em muitas partes, ao
menos, o retrato era semelhante. Cotejava essas notas iconográficas, tão cruas,
tão secas, com as maneiras cordiais e graciosas do tio, e sentia-se tomado de
um certo terror e mal-estar. Ele, por exemplo, que teria dito dele o finado?
Com esta ideia, folheou ainda o manuscrito, passou por alto algumas damas,
alguns homens públicos, deu com o Fragoso, — um esboço curto e curtíssimo, —
logo depois o Galdino, e quatro páginas adiante o João Brás. Justamente o
primeiro levara dele uma caneta, pouco antes, talvez a mesma com que o finado o
retratara. Curto era o esboço, e dizia assim:
FRAGOSO
Honesto, maneiras açucaradas e bonito. Não me
custou casá-lo; vive muito bem com a mulher. Sei que me tem uma extraordinária
adoração, — quase tanta como a si mesmo. Conversação vulgar, polida e chocha.
GALDINO MADEIRA
O melhor coração do mundo e um caráter sem
mácula; mas as qualidades do espírito destroem as outras. Emprestei-lhe algum
dinheiro, por motivo da família, e porque me não fazia falta. Há no cérebro
dele um certo furo, por onde o espírito escorrega e cai no vácuo. Não reflete
três minutos seguidos. Vive principalmente de imagens, de frases translatas. Os
"dentes da calúnia" e outras expressões, surradas como colchões de
hospedaria, são os seus encantos. Mortifica-se facilmente no jogo, e, uma vez
mortificado, faz timbre em perder, e em mostrar que é de propósito. Não despede
os maus caixeiros. Se não tivesse guarda-livros, é duvidoso que somasse os quebrados.
Um subdelegado, meu amigo, que lhe deveu algum dinheiro, durante dois anos,
dizia-me com muita graça, que o Galdino quando o via na rua, em vez de lhe
pedir a dívida, pedia-lhe notícias do ministério.
JOÃO BRÁS
Nem tolo nem bronco. Muito atencioso, embora
sem maneiras. Não pode ver passar um carro de ministro; fica pálido e vira os
olhos. Creio que é ambicioso; mas na idade em que está, sem carreira, a ambição
vai-se-lhe convertendo em inveja. Durante os dois anos em que serviu de
deputado, desempenhou honradamente o cargo: trabalhou muito, e fez alguns
discursos bons, não brilhantes, mas sólidos, cheios de fatos e refletidos. A
prova de que lhe ficou um resíduo de ambição, é o ardor com que anda à cata de
alguns cargos honoríficos ou preeminentes; há alguns meses consentiu em ser
juiz de uma irmandade de São José, e segundo me dizem, desempenha o cargo com
um zelo exemplar. Creio que é ateu, mas não afirmo. Ri pouco e discretamente. A
vida é pura e severa, mas o caráter tem uma ou duas cordas fraudulentas, a que
só faltou a mão do artista; nas coisas mínimas, mente com facilidade.
Benjamim, estupefato, deu enfim consigo
mesmo.
Este meu sobrinho, dizia o manuscrito, tem
vinte e quatro anos de idade, um projeto de reforma judiciária, muito cabelo, e
ama-me. Eu não o amo menos. Discreto, leal e bom, — bom até à credulidade. Tão
firme nas afeições como versátil nos pareceres. Superficial, amigo de
novidades, amando no direito o vocabulário e as fórmulas.
Quis reler, e não pôde; essas poucas linhas
davam-lhe a sensação de um espelho. Levantou-se, foi à janela, mirou a chácara
e tornou dentro para contemplar outra vez as suas feições. Contemplou-as; eram
poucas, falhas, mas não pareciam caluniosas. Se ali estivesse um público, é
provável que a mortificação do rapaz fosse menor, porque a necessidade de
dissipar a impressão moral dos outros dar-lhe-ia a força necessária para reagir
contra o escrito; mas, a sós, consigo, teve de suportá-lo sem contraste. Então
considerou se o tio não teria composto essas páginas nas horas de mau humor;
comparou-as a outras em que a frase era menos áspera, mas não cogitou se ali a
brandura vinha ou não de molde.
Para confirmar a conjetura, recordou as
maneiras usuais do finado, as horas de intimidade e riso, a sós com ele, ou de
palestra com os demais familiares. Evocou a figura do tio, com o olhar
espirituoso e meigo, e a pilhéria grave; em lugar dessa, tão cândida e
simpática, a que lhe apareceu foi a do tio morto, estendido na cama, com os
olhos abertos, o lábio arregaçado. Sacudiu-a do espírito, mas a imagem ficou.
Não podendo rejeitá-la, Benjamim tentou mentalmente fechar-lhe os olhos e
consertar-lhe a boca; mas não depressa o fazia, como a pálpebra tornava a
levantar-se, a ironia arregaçava o beiço. Já não era o homem, era o autor do
manuscrito.
Benjamim jantou mal e dormiu mal. No dia
seguinte, à tarde, apresentaram-se os cinco familiares para ouvir a leitura.
Chegaram sôfregos, ansiosos; fizeram-lhe muitas perguntas; pediram-lhe com
instância para ver o manuscrito. Mas Benjamim tergiversava, dizia isto e
aquilo, inventava pretextos; por mal de pecados, apareceu-lhe na sala, por trás
deles, a eterna boca do defunto, e esta circunstância fê-lo ainda mais
acanhado. Chegou a mostrar-se frio, para ficar só, e ver se com eles desaparecia
a visão. Assim se passaram trinta a quarenta minutos. Os cinco olharam enfim
uns para os outros, e deliberaram sair; despediram-se cerimoniosamente, e foram
conversando, para suas casas:
— Que diferença do tio! que abismo! a herança
enfunou-o! deixá-lo! Ah! Joaquim Fidélis! Ah! Joaquim Fidélis!
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