Amor aos 113 anos
Andei pensando neste caso e não pude concluir que se tratava de um fenômeno próprio do Ceará. Que me provem o contrário os cearenses! A minha conclusão, embora grosseira e vulgar para alguns, há de fazer algum sentido para outros. Vejo nesse episódio um vívido indício daquilo que se poderia denominar de “verdadeiro amor”. Vá lá com suas melosidades, dirá alguém! E vou...
Sim, porque o lídimo amor, contam-nos os romances, não deixa de existir com passar dos anos. A cronologia é desconhecida para os que amam. Não falo, é óbvio, de amor do tipo “cartão de crédito”, tão comum em nosso século e que pode ser exemplificado pelo próprio Machado de Assis na personagem Marcela de “Memória Póstumas de Brás Cubas”: “Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos”.
É isso!
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Por:
Iba Mendes (2005)
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